Presidente Lula busca expulsão de servidor por agressão no DF

Servidor da CGU agrediu mulher e criança; Lula pede medidas rigorosas.

26/12/2025 às 10:09
Por: Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou, nesta quinta-feira (25), que a Controladoria-Geral da União (CGU) inicie um processo interno para a "responsabilização e expulsão" do serviço público de um servidor envolvido na agressão a uma mulher e uma criança no Distrito Federal. As imagens da agressão foram amplamente divulgadas nas redes sociais.

 

“O combate ao feminicídio e a toda forma de violência contra as mulheres é um compromisso e uma prioridade do meu governo”, afirmou Lula em uma publicação nas redes sociais. Ele classificou o incidente como uma “agressão covarde” e “inadmissível”.

 

O presidente destacou a necessidade de uma resposta contundente por parte do poder público.

 

“Não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças, onde quer que estejam, independente da função que ocupem. Um servidor público deve ser um exemplo de conduta tanto no trabalho quanto fora dele”, disse ele.

 

Recentemente, Lula tem liderado uma campanha contra o feminicídio e a violência contra a mulher. Em uma fala à nação nesta quarta-feira (24), ele declarou que esse tema será uma das prioridades do governo em 2026 e enfatizou que deve ser um compromisso de todos, especialmente dos homens.

 

"Vou liderar um grande esforço nacional envolvendo ministérios, instituições e toda a sociedade brasileira. Nós, homens, devemos fazer um compromisso de alma. Em nome de tudo que é mais sagrado, seja um aliado”, instou o presidente.

 

Ações da CGU

Na última terça-feira (23), a CGU avisou que já havia tomado medidas administrativas contra o agressor. O órgão anunciou várias ações:

 

- Envio das informações à Corregedoria-Geral da União e à Comissão de Ética da CGU, com a abertura imediata de uma investigação preliminar para apurar responsabilidades éticas e disciplinares dentro das competências administrativas;

 

- Revogação da designação do servidor como substituto eventual de chefia imediata;

 

- Proibição de entrada do servidor nos prédios da CGU enquanto as investigações estiverem em curso, como medida necessária para manter o ambiente institucional e o andamento regular das apurações.

 

Segundo a CGU, as informações divulgadas indicam uma grave violação dos deveres previstos na Lei nº 8.112/1990, especialmente em relação ao artigo 116, inciso IX, que exige comportamento compatível com a moralidade administrativa.

 

“Quero ser claro ao dizer que violência contra a mulher e contra crianças é crime. Não se trata de desentendimento, conflito privado ou questão pessoal. Estamos falando de agressão, de violação à lei e de afronta à dignidade humana”, afirmou o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, em nota.

 

No âmbito criminal, as autoridades competentes devem apurar os fatos conforme a legislação penal”, acrescentou.

 

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