Quinta, 31 de Julho de 2025
O Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) está empenhado em incluir o café na lista de produtos brasileiros isentos da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos. A medida, proposta pelo governo norte-americano, ameaça elevar os preços e impactar o mercado consumidor americano.
O presidente norte-americano, Donald Trump, oficializou a proposta de taxação, incluindo o café entre os produtos tributados. No entanto, a Ordem Executiva traz cerca de 700 exceções, como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis.
O Cecafé busca apoio da National Coffee Association (NCA) para que o café seja adicionado à lista de exceções.
“O ato implicará elevação desmedida de preços e inflação, uma vez que esses tributos serão repassados à população americana no ato da compra”, afirma o comunicado assinado por Márcio Ferreira e Marcos Matos, do Cecafé.
A entidade destaca a importância da relação entre os dois países, ressaltando que o café brasileiro representa mais de 30% do mercado norte-americano e que o Brasil é o principal exportador de café para os Estados Unidos.
Os Estados Unidos respondem por 16% das exportações brasileiras de café.
“O café também é de suma relevância aos Estados Unidos, haja vista que 76% do povo norte-americano consome a bebida; a população gasta cerca de US$ 110 bilhões em café e itens relacionados (US$ 301 milhões por dia) ao ano”.
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) alerta que a medida impactará o mercado de cafés especiais, onde os Estados Unidos são o principal importador, com aproximadamente 2 milhões de sacas e uma receita superior a US$ 550 milhões ao ano.